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Banda Larga Fixa

O serviço de internet banda larga fixa é prestado por empresas que detêm uma autorização de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), regulamentado pela Anatel via Resolução nº 614 de 28 de maio de 2013. Estabelece que as empresas podem utilizar diversas tecnologias, sendo que as mais comuns são conhecidas como: xDSL, que transmite os sinais por meio dos mesmos fios que servem para a rede de telefones fixos; cable modems, que utilizam a rede de TV a cabo para transmitir os sinais; internet por rádio, que em vez de usar cabos, transmite por meio de antena.

Em 1º de abril de 2025, a Anatel informou que 22.093 prestadoras de serviço de banda larga fixa estavam autorizadas a oferecer o serviço no Brasil, das quais 11.892 com outorga (53,8% do total) e 10.201 prestadoras com dispensa de outorga (46,2%), concentradas principalmente nas regiões Sudeste (35,4%) e Nordeste (31,8%).  

Provedores de internet

Qualquer pessoa, ao contratar um serviço de acesso à internet, precisa, também, de um serviço de conexão como um prestador (provedor) de serviços de telecomunicações que lhe dê suporte. O provedor do serviço de conexão pode ser da própria prestadora ou outro que seja por ela habilitado. Caso o usuário não queira o serviço oferecido gratuitamente pela sua prestadora, está livre para contratar o provedor de seu interesse (Anatel, 2024).

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Tecnologias

Além de aumentar a conectividade em localidades que antes não eram atendidas ou tinham limitações de acesso, os provedores de pequeno porte também passaram a oferecer maior qualidade e aumento da velocidade com a conexão via fibra óptica. Hoje, a maioria das cidades estão conectadas por fibra óptica. 

Indicadores da evolução do uso da tecnologia usada no acesso à internet, mostram que em dezembro de 2017 a fibra óptica significava apenas 11% das conexões e a velocidade superior a 34Mbps era de apenas 15%. Agora, as velocidades acima de 34Mbps representam 93% das conexões no Brasil. Quanto à tecnologia, em dezembro de 2017 o cabo metálico predominava (48% das conexões), seguido do cabo coaxial (31%). Hoje a fibra óptica é predominante, respondendo por 78% dos acessos em julho de 2025.

Na região nordeste o Ceará é o estado com maior presença de fibra óptica (91%), seguido do Piauí (90%) e do Rio Grande do Norte (88%). 

Evolução da tecnologia de banda larga fixa no Brasil, dezembro 2017- dezembro 2024

Evolução da tecnologia de banda large fixa no Brasil dez 2017-dez2024

Fonte: Gráfico elaborado com base em informações dos Painéis de Dados Anatel (2017-2024)

Provedores de Pequeno Porte - PPPs

​​​​A Anatel define como provedores de pequeno porte as empresas com participação nacional inferior a 5% em cada mercado de varejo onde atua. No Brasil, elas se tornaram relevantes como opções aos grandes grupos de telecomunicações, a maioria estrangeiros, como TIM (da Itália), Claro (do México) e Vivo/Telefônica (da Espanha), que passaram a atuar no país com a privatização do setor de telefonia fixa e móvel na década de 1990. 

 

​Indicadores do mercado nacional mostram que o aumento de assinantes de banda larga fixa no Brasil, sobretudo nas pequenas cidades, está vinculado à presença dos provedores regionais e, principalmente, locais. Os pequenos provedores começaram a prosperar neste setor altamente concentrado de telefonia e internet no Brasil há pouco mais de uma década e conseguiram levar a internet banda larga fixa para áreas do Brasil antes não atendidas por estarem em zonas rurais, distantes ou com nível reduzido de atividade econômica.

 

No final de 2023, os provedores de pequeno porte regionais já eram maiores que as grandes operadoras. Em 2024, as prestadoras somavam 25,5 milhões de clientes, dominando 53% do setor. Em 2025, relatório da Anatel de monitoramento da competição, com informações do terceiro semestre, aponta que as empresas de pequeno porte representam 56% da base de acessos ao serviço de banda larga fixa no país. Os dados mostram crescimento em relação a 2024, mas o fato é que, desde 2023, os pequenos provedores de internet começaram a superar as grandes empresas em número de conexões.

 

​No seminário Telecom, Tecnologia e Competição para o Futuro Digital, realizado em agosto de 2025, o conselheiro da Anatel Vicente Aquino declarou que não era “possível falar em inclusão digital sem falar do trabalho das Prestadoras de Pequeno Porte”, que levam conexão para regiões “desassistidas pelas grandes prestadoras no Brasil” (João Paulo Caires, 2025). 

Os PPPs na região Nordeste

Em termos gerais, o relatório de monitoramento da competição da Anatel com dados do segundo trimestre de 2025, relaciona cinco provedores de pequeno porte com maior participação no mercado nacional de banda larga fixa: Giga Mais (3,1% de participação); Brisanet, com 2,9%; Vero, com 2,6%; Desktop, com 2,2%;e Brasil Tecpar, com 2%.

Na região Nordeste, mais de 3.000 provedores ativos atualizaram seus dados junto à Anatel em dezembro de 2024. Entre as empresas que atendem, seis são classificadas como provedores de pequeno porte, Brisanet, Giga Mais Fibra, Alares, Proxxima Telecom, Dtel Telecom e He-net, além dos quatro grandes grupos - Claro, Oi, Vivo e Tim. Mas a liderança no mercado regional é a Brisanet  com 16,5% de participação, seguida pela Claro (9,4%) e Oi (6,3%).

Os provedores de pequeno porte são protagonistas em quase todos os estados do Nordeste, especialmente no Ceará (92%), no Rio Grande do Norte (90%) e no Piauí (87%). Até em Alagoas, que tem o percentual mais reduzido de provedores de pequeno porte, a participação das PPPs regionais ultrapassa 70%. Na Bahia, segundo estado com menor participação, registrou 78% de acessos. Isso demonstra que o mercado de banda larga fixa no Nordeste é marcado pela forte presença e protagonismo dos PPPs.

Outro fato interessante, é que a Bahia é o único estado com grupos de grande porte nas três primeiras posições: Claro (11%), Oi (10%) e Vivo (7%). Nos outros oito estados, uma empresa de pequeno porte sempre está ocupa uma das três primeiras posições:

  • Ceará - com Brisanet, Giga Mais Fibra e Alares;

  • Piauí - G3 Telecom, Brisanet e VirteX Telecom;

  • Rio Grande do Norte: Brisanet, Alares e Proxxima Telecom);

  • Paraíba: Brisanet e Proxxima Telecom; e

  • Sergipe: Brisanet e Giga Mais Fibra) primeira e segunda colocadas.  

Nordeste
Municípios IDHM Baixo sem radiodifusão

% acessos banda larga fixa por estados nordestinos 

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Número de acessos por 100 habitantes
Referências
bibliográficas

ANATEL. Relatório Setorial – Desempenho das Prestadoras de Pequeno Porte. Gerência de Acompanhamento Econômico da Prestação. Brasília, 27/02/2025.    

ANATEL. Painéis de Dados – Banda larga fixa. Acesso em 15/01/2025 

ATLAS Brasil. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Ranking dos Estados 2021. Brasília: Pnud Brasil, Ipea e FJP, 2022. 

ATLAS Brasil. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Ranking dos Municípios. Brasília: Pnud Brasil, Ipea e FJP, 2010. 

IBGE – SIDRA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Anual 2024. Tabela 7313 – Domicílios e Moradores em que havia utilização da internet, por tipo de conexão no domicílio - Banda Larga Fixa. Acesso em 26/07/2025

PRESCOTT, Roberta. Provedores procuram incrementar modelo de negócios. Valor Econômico, edição de 30/05/2025. 

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